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Verdão encerra jejum e se consolida como maior campeão nacional

Foram 14 anos de espera. De lá para cá, muita coisa aconteceu na vida do palmeirense. Algumas derrotas doídas, outras eliminações inesperadas, e até uma passagem pela Série B do Campeonato Brasileiro marcaram negativamente a última década do Verdão.

Porém, as lamentações e tristeza dão agora espaço novamente para euforia, alegria e, principalmente, orgulho. A fria noite desta quarta-feira, em Curitiba, representou ao Palmeiras, além de seu segundo título na Copa do Brasil, a consolidação do clube como o maior vencedor de competições nacionais do futebol brasileiro.

No ano passado, a Confederação Brasileira de Futebol decidiu por unificar todas as conquistas nacionais anteriores ao ano de 1971, data da primeira edição do Campeonato Brasileiro. Assim, competições como a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, disputadas entre 1959 e 1970, passaram a ter o mesmo peso e importância para a entidade máxima do futebol no país.

Com a conquista da Copa do Brasil deste ano, o Verdão soma agora dez títulos nacionais, excluindo da contagem torneios como a Copa dos Campeões e a Supercopa do Brasil, levando vantagem em relação ao Santos, que aparece em segundo com nove títulos, e ao Corinthians, o terceiro da lista com sete conquistas.

A hegemonia alviverde teve início em 1960, logo na segunda edição da Taça Brasil. O time comandado por Osvaldo Brandão e de craques como Valdir Joaquim de Moraes, Djalma Santos e Julinho Botelho, levou a melhor contra o Fortaleza, com direito a goleada histórica por 8 a 2 no segundo jogo, no Pacaembu, para ficar com o título.

Depois da supremacia santista entre os anos de 1962 e 1966, o Verdão voltou a conquistar a competição em 1967. Agora com Mario Travaglini no banco, o Palmeiras, que já contava com Dudu, Ademir da Guia e César Maluco, faturou o título diante do Náutico após três finais.

No mesmo ano, o Alviverde conseguiu seu terceiro título nacional, o primeiro da edição de estreia do Torneio Roberto Gomes Pedrosa. No quadrangular final, o Verdão levou contra Internacional, Corinthians e Grêmio, e invicto, faturou mais uma taça, fato que viria se repetir em 1969 quando, mais uma vez sem sofrer nenhuma derrota na fase decisiva, venceu a concorrência de Cruzeiro, Corinthians e Botafogo para garantir o bicampeonato no Robertão.

Já na era do Campeonato Brasileiro organizado pela CBF, a Academia palmeirense não demorou para mostrar a sua força. Novamente comandado por Brandão, e o Verdão de Ademir da Guia, Luis Pereira, Emerson Leão e Leivinha venceu as edições de 1972 e 1973.

Depois de uma década de 1980 trágica para o torcedor alviverde, o Verdão voltou com tudo no início dos anos 90. Para acabar com a incomoda seca, Vanderlei Luxemburgo conseguiu montar um verdadeiro esquadrão no Palestra Itália.

Entre os anos de 1993 e 1994, craques como Velloso, Antonio Carlos, Cleber, Roberto Carlos, César Sampaio, Mazinho, Edilson, Rivaldo, Zinho, Evair e Edmundo desfilaram pelos gramados do país na conquista do bicampeonato nacional.

Depois de bater na trave em duas oportunidades – vice da Copa do Brasil, em 1996, e do Brasileirão, em 1997 – o clube optou decidiu por mudar seu estilo. A Academia alviverde e suas exibições de classe deram espaço para a raça e o futebol de resultado de Luiz Felipe Scolari.

Mesmo com a forte resistência no início, o trabalho da comissão técnica não poderia ser melhor. E, 1998, o Verdão venceu a Copa do Brasil de 1998 – última competição nacional vencida pelo Alviverde antes de 2012 –, titulo que credenciou o Palmeiras para a disputa da Taça Libertadores da América do ano seguinte, torneio também vencido pela equipe do Palestra Itália.

Apesar da maior glória de sua história conquistada em 1999, o torcedor alviverde amargou um longo período de fracasso a partir do ano 2000.

De lá para cá, o vexame de ter disputar a Série B do Brasileirão (2003) e apenas três títulos: um torneio Rio-São Paulo (2000), uma Copa dos Campeões (2000) e um Campeonato Paulista (2008). Porém, o reencontro com Felipão, que reassumiu o Verdão em agosto de 2010 após passagens por Cruzeiro, seleção brasileira, seleção portuguesa, Chelsea-ING e Bunyodkor-UZB, recolocou o clube nos trilhos das conquistas importantes.

G1