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Dilma, Lula e Vital do Rêgo são citados em suposta delação de Delcídio do Amaral

O ministro do Tribunal de Contas da União, o ex-senador Vital do Rego Filho, teria sido citado em delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT). Segundo da delação, Vital teria integrado um esquema de extorsão contra empreiteiros enquanto presidia a CPI da Petrobras. A informação foi publicada pela revista Isto É desta quinta-feira (3), mas a delação ainda não foi homologada pelo Superior Tribunal Federal (STF). A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também teriam sido mencionados por Delcídio como conhecedores do esquema de corrupção na Petrobras.

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De acordo com o jornalista Edinho Magalhães, em Brasília, na TV Correio HD, Vital disse que está indignado com a repercussão e negou as informações supostamente prestadas por Delcídio. O ministro falou ainda que essas denúncias são incipientes porque a delação sequer foi homologada pelo STF. Segundo Edinho, Vital disse que sempre manteve a conduta ilibada, inclusive quando esteve à frente da CPI da Petrobras, em 2014

Segundo a deleção, que até as 15h desta quinta (3) ainda não havia sido homologada, Delcídio teria citado também os senadores Gim Argello (PTB-DF) e os deputados Marco Maia (PT-RS) e Fernando Francischini (SD-PR) como responsáveis por cobrar de empreiteiros para que não fossem convocados na CPI da Petrobras.

Delcídio do Amaral foi preso pela Operação Lava Jato, após apresentação de uma gravação em que ele oferece R$ 50 mil por mês e um plano de fuga ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, para que Cerveró não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público. O senador ficou preso por mais de 80 dias. No dia 19 de fevereiro, o senador passou, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, a cumprir o recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga da atividade de senador.

Dilma e Lula

Segundo a revista Isto É, o senador teria firmado um acordo de delação premiada com a equipe que investiga a Operação Lava Jato e, nos depoimentos, Delcídio do Amaral teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

A presidente Dilma Rousseff está reunida com o recém-empossado ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, e com o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência, Jaques Wagner. A reunião não constava da agenda oficial da presidenta e foi convocada após divulgação da notícia de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). 

“Vamos ser francos. Em primeiro lugar, não sei se há realmente uma delação premiada. Se houver, o senador Delcídio, com quem sempre tive excelentes relações, não tem primado por dizer a verdade”, disse Cardozo.

Efeito

Para que tenha efeito na redução de pena, a delação de Delcídio informada pela Isto É precisa ser homologada no STF. Quem vai decidir sobre a homologação é o ministro do STF Teori Zavascki, que o relator da Operação Lava Jato no STF. Se a delação não for homologada, Delcídio não terá benefícios, mas as informações supostamente prestadas serão usadas em investigações.