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Hugo Motta confirma que políticos não foram indiciados em CPI: “Não é fórum adequado”

O deputado federal Hugo Motta (PMDB), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas esquemas de corrupção na Petrobras, confirmou que nenhum político foi indiciado nos relatórios apresentados pelo relator e sub-relatores da Comissão.

Ele justificou que a CPI não é o fórum adequado para investigar o envolvimento da classe política no esquema de corrupção ao afirmar que em caso de condenações na Justiça, eles deverão ser julgados pelo Conselho de Ética.

“A CPI não terminará em pizza. Pelo que eu vi, a punição irá acontecer, o pedido de punição de pessoas e empresas irá acontecer. No relatório não se pediu indiciamento de políticos, os que respondem na Justiça terão o direito de se defender, em sendo condenado, não é a CPI o fórum adequado para apurar esses indícios de irregularidades com relação à classe política e quem é deputado e senador, e sim, o Conselho de Ética, após a Justiça decidir se eles são ou não culpadas”, disse.

Ele adiantou que os sub-relatores pediram o indiciamento de cerca de 70 pessoas e de empresas e as solicitações já teriam sido acatadas pelo relator por entender que a Comissão não poderia acabar sem punir ninguém.

“O relator já acatou o pedido dos sub-relatores, na minha avaliação, por ter sentido que não teria a aprovação do seu relatório sem punir ninguém. É um escândalo muito grande, existem pessoas presas, condenadas, dinheiro desviado. Elas precisam responder perante a Justiça, defendo também que sugestões sejam feitas para que não só a Petrobras, mas como outras empresas públicas não estejam sujeitas a processos de corrupção, mudanças na legislação em respeito à delação premiada”, falou.

Hugo Motta destacou ainda que a CPI realizou um trabalho sério ao ouvir mais de 130 pessoas e realizar acareações.

“Nós procuramos durante esse período realizar um trabalho sério, isento, imparcial, lembrando que quando uma CPI é criada é para durar, em média, quatro meses, a nossa foi prorrogada duas vezes, por 60 dias em cada uma delas, e chegamos quase no mês de novembro trabalhando. Chegamos a ouvir pessoas importantes nesse escândalo da Petrobras, foram mais de 130 pessoas ouvidas, realizamos acareações, compartilhamento de documentos, quebras de sigilo, diligências externas”, analisou.

 Por: Blog do Gordinho