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Cássio minimiza declarações de delator da Lava Jato sobre Lula: “Querem preservar Dilma”

O senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB no Senado, minimizou as declarações do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que relacionou o ex-presidente Lula a um empréstimo de 2008 considerado fraudulento pela Operação Lava Jato.

De acordo com o tucano, as delações não podem ser usadas como instrumento de prova. “São genéricas e vagas para se formar um juízo de valor ou um juízo de culpa. Elas não podem ser usadas como instrumentos para se incriminar alguém”, disse.

Apesar disso, Cássio Cunha Lima também cobrou a apuração do caso para que as provas contra Lula possam aparecer. “O governo tenta apagar a luz do quarto porque no escuro todos ficam iguais. Citam Lula para preservar a presidente Dilma [Rousseff]. Mas não se pode fazer politicagem com situações gravíssimas. É preciso respaldar as investigações”, disse.

Cerveró afirmou, em delação premiada, que o então presidente Lula deu-lhe um cargo público em 2008 como “reconhecimento” pela ajuda que ele prestou para quitar um empréstimo de R$ 12 milhões. Esta foi a primeira vez que um delator do caso envolveu Lula diretamente no episódio.