O assunto mais comentado no país desde a noite dessa segunda-feira (12) é a cassação do mandado do ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com a votação esmagadora de 450 votos a favor contra 10 e nove abstenções. Entre os destaques da imprensa nacional está o sumiço dos então aliados do peemedebista na sessão de ontem, incluindo do deputado federal paraibano Hugo Motta, ex-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
O Uol, por exemplo, lembrou da foto icônica da vitória de Cunha à presidência da Câmara, em que Motta é um dos figurantes. A foto em questão foi tirada no dia 1º de fevereiro de 2015, minutos após Cunha ser eleito presidente da Câmara com o voto de 267 deputados. É possível ver um grupo de parlamentares comemorando efusivamente a vitória de Cunha. Motta está entre os 42 deputados que faltaram a sessão.
O deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) também aparece na foto e não esteve na votação dessa segunda, porém, diferente do ex-presidente da CPI da Petrobras, ele está licenciado do cargo para se dedicar a campanha eleitoral em Campina Grande, onde disputa o cargo de prefeito.
Leia a publicação na íntegra:
Figurantes de uma foto que, à época, mostrou o poder do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os deputados Hugo Motta (PMDB-PB), André Moura (PSC-SE) e Jovair Arantes (PTB-GO) não estavam ao lado do antes “todo-poderoso” presidente da Casa durante a sessão que cassou de Cunha.
Eduardo Cunha foi cassado na última segunda-feira (12) por 450 votos a favor, 10 contra e nove abstenções.
A foto em questão foi tirada no dia 1º de fevereiro de 2015, minutos após Cunha ser eleito presidente da Câmara com o voto de 267 deputados. É possível ver um grupo de parlamentares comemorando efusivamente a vitória de Cunha.
Ao longo de sua passagem na presidência da Câmara, os Motta, Jovair e André Moura se notabilizaram pelo apoio ao então comandante da Casa e, com o apoio de Cunha, protagonizaram algumas das comissões mais midiáticas da Câmara.
Motta foi escolhido como presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras.
André Moura foi escolhido como presidente da comissão especial da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que previa a redução da maioridade.
Jovair Arantes, por sua vez, foi o relator da comissão especial do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Apesar do apoio dado pelo ex-presidente da Câmara aos três, nenhum dos dois votou contra a cassação de Cunha. Motta e Arantes sequer compareceram à sessão. André Moura, que agora exerce a função de líder do governo na Câmara, foi à sessão, mas se absteve.
Ao não comparecer ou ao se abster, os deputados, em tese, tentaram favorecer Cunha, pois um deputado só é cassado quando ao menos 257 colegas (de um total de 513) votam a favor da perda do mandato.