CIDADE FM 104,9

Estado reconhece problemas com a Cruz Vermelha, mas anuncia pagamentos

Após denúncias de atrasos nas remunerações dos profissionais do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, administrado pela Cruz Vermelha, o governo do Estado se pronunciou sobre a situação e se comprometeu a honrar compromissos pactuados. Também diante disso, Milton Pacífico, superintendente da Cruz Vermelha na Paraíba, revelou detalhes sobre o cronograma de pagamentos dos salários. As declarações foram feitas em entrevistas concedidas à rede Correio Sat nesta segunda-feira (14).

Leia também:
 Crise faz PB, DF e outros 12 Estados estourarem limite de gastos com pessoal

Sobre a situação crítica na economia da Paraíba, que ultrapassou o limite máximo de 49% da receita corrente líquida nos gastos com o funcionalismo público até agosto, último dado disponível, o governador Ricardo Coutinho evidenciou as dificuldades:

“Como é possível se planejar ou se fazer gestão pública com uma queda de receitas dessa? É muito difícil, então você vai cortando, cortando, cortando, mas chega a um momento em que você não tem mais como cortar, porque tem despesas que não conseguem baixar”. Ele argumentou citando gastos com pessoal, serviços que são indisponíveis e a dívida pública, que cresceu 34 % em 2015 por causa da alta do dólar.

Leia mais Notícias no Portal Correio

O secretário de Planejamento e Finanças da Paraíba, Tárcio Pessoa, disse que o Estado cumpre os contratos. “É uma questão interna da instituição que presta os serviços. Se há um atraso de pagamento, é um processo de fluxo de caixa das instituições que são contratadas pelo governo do Estado”, revelou. 

Milton Pacífico, da Cruz Vermelha, informou que na noite desta segunda os salários e metade do 13º serão depositados nas contas dos servidores. A outra metade será depositada no dia 20.

“Este ano foi difícil, mas em 2016 nós vamos ter saudade de 2015. Vai ser um ano de recessão e bastante difícil na política e na economia por conta dessa instabilidade e queira Deus que ela seja rapidamente sanada. O Brasil não aguenta mais um ano economicamente perdido”, ressaltou Tárcio Pessoa.