Embora a Energisa venha aumentando as fiscalizações, o furto de energia elétrica na Paraíba aumentou, seguidamente, nos últimos três anos. A concessionária estima que só em 2016 a perda já chegou a 154.885 megawatts/hora. Isso representa um prejuízo de R$ 78,4 milhões. Até o mês de novembro, com esses furtos, a Energisa deixou de repassar ao Estado R$ 16,6 milhões de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Nos três últimos anos, os prejuízos já somaram R$ 189 milhões.
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A escalada do ‘gato’ (como é popularmente conhecido o furto de energia), é crescente. Em 2014, a Energisa teve uma ‘perda não técnica’ de 111.586 megawatts/hora. O prejuízo naquele ano atingiu R$ 58,5 milhões. Foram pouco mais de R$ 14,6 milhões de ICMS que deixaram de entrar nos cofres estaduais.
Em 2015, a ‘perda não técnica’ teve um ligeiro decréscimo, chegando a 102.515 megawatts/hora, com prejuízo estimado de mais de R$ 52 milhões. Este ano, o prejuízo disparou na casa dos R$ 78,4 milhões, como se 120 mil clientes da Energisa tivessem fizeram ‘gatos’.
O presidente da empresa, André Theobald, explicou que há investimentos frequentes em tecnologia e houve intensificação das operações contra esse tipo de furto. Mesmo assim, houve um aumento considerável desse crime.
Recentemente, a Energisa entregou a subestação do município de Soledade, para melhorar a qualidade da energia fornecida para aproximadamente 8,4 mil unidades, num investimento de R$ 5 milhões. Além de Soledade, foram atendidos os municípios de Juazeirinho e Olivedos. Só com o valor dos prejuízos deste ano, daria para Energisa construir 16 dessas subestações pelo estado.
Quando o furto é descoberto, uma equipe técnica da Energisa vai ao local do crime, com peritos e policiais. A energia é cortada e os responsáveis respondem criminalmente. As penas podem chegar a 12 anos de prisão. No último dia 26, na cidade de Pombal, no Sertão paraibano, uma advogada foi presa por furto de energia.
André Theobald acredita que a crise financeira contribuiu para essa incidência de furto de energia, mas ressalta que ele não ocorre apenas em comunidades carentes. “Nosso grande problema são os grandes consumidores, pessoas físicas e jurídicas. Nosso tratamento é igual para todos. Não temos contemplação”, disse.
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