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Religioso acusa Igreja e autoridades de matarem história do homem que influenciou o Nordeste, criou CZ e dispara: “Vergonha, falta de inteligência. O homem é santo’.

Os 153 anos de Cajazeiras comemorados nesta segunda-feira (22) – data que marca o aniversário de nascimento de Padre Rolim, considerado o fundador da cidade – é um dia de celebrações, mas há quem o aproveite também para fazer críticas e cobranças. O padre Francivaldo Albuquerque, por exemplo, acusou a Igreja e as autoridades públicas de serem negligentes com a história de Padre Rolim.

Igreja Nossa Senhora de Fátima, onde estariam enterrados os restos mortais do Padre Rolim

Igreja Nossa Senhora de Fátima, onde estariam enterrados os restos mortais do Padre Rolim

Protagonista de uma das mais importantes histórias religiosas e sociais do Nordeste brasileiro, não existe sequer um museu do Padre Rolim em Cajazeiras. Além disso, poucas são as obras literárias e os registros históricos escritos sobre sua vida. E o mais lamentável de tudo: não sabemos nem a exata localização dos seus restos mortais.

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Na opinião do Padre Francivaldo, falta inteligência e sentimento de justiça por parte da Igreja e do poder público. Ele afirma que essa negligência à história do fundador de Cajazeiras, considerado santo por muitos, é vergonhosa.

“Eu acho que falta um pouco de sentimento de justiça e inteligência da parte dos governantes e de parte da Igreja. Padre Rolim foi um santo, e faltou zelo da Igreja. É uma vergonha chegar na cidade e perguntar onde está o museu do Padre Rolim, a casa, o túmulo. Essa injustiça tem que ser corrigida, porque isso é grave”, criticou o ex-pároco da Igreja São João Bosco.

Padre Francivaldo revelou que pretende colaborar com a produção de uma biografia completa e definitiva sobre a vida de Padre Rolim. “Foi um homem que renunciou a tudo e apostou todas as suas fichas nos pobres. Deveremos escrever a obra completa de Padre Rolim. Ele é a causa dessa cidade hoje ser a grande referência no Sertão do Nordeste na educação.”

DIÁRIO DO SERTÃO