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CIDADE FM 104,9

O presidente Lula da Silva (PT) antecipou para esta segunda-feira (9) às 18h, uma reunião que estava prevista para ocorrer com o governador João Azevêdo (PSB) e os outros governadores do país. Conforme trouxe o ClickPB na semana passada, o primeiro encontro de Lula com governadores estava previsto para ocorrer no fim do mês, porém os atos de vandalismo realizados ontem em Brasília, culminaram com a mudança de data. A participação do governador João Azevêdo foi confirmada pela assessoria do gestor ao portal ClickPB De acordo com informações obtidas pelo ClickPB, os chefes dos executivos estaduais estão sendo convidados por meio da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, pasta comandada pelo ministro Alexandre Padilha (PT). A reunião já consta na agenda oficial no site da presidência da República. A participação do governador João Azevêdo foi confirmada pela assessoria do gestor ao portal ClickPB. A expectativa é que sejam definidas ações para garantir que atos como os que ocorreram ontem na capital federal não se espalhem pelo país. Ainda não há confirmação se Lula já irá dialogar hoje (9) sobre as prioridades definidas por cada estado para serem executadas pelo governo federal nos próximos quatro anos, tema inicial do encontro com os governadores.

“Bolsonaro não tem o domínio dessas forças que estão na rua. Ele não tem culpa, está a quantos quilômetros daqui?”, questionou, em referência ao fato de o ex-presidente estar nos Estados Unidos.

O ex-decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse o ex-presidente Jair Bolsonaro não tem culpa dos atos terroristas ocorridos em Brasília neste domingo (8). Em conversa com a coluna da Malu Gaspar, do jornal O Globo, Marco Aurélio Mello disse que a invasão de manifestantes golpistas às sedes dos três poderes foi um episódio “muito pior” que o do Capitólio em janeiro de 2021.

Terroristas chegaram a invadir o salão nobre do Supremo, depredando poltronas, vidros e derrubando câmeras de vigilância. Mas o prédio do STF já foi retomado pela equipe de segurança.

“Estou estarrecido e a única indagação que faço é: onde esteve o Estado que não previu isso e não tomou as providências cabíveis? Refiro-me ao Estado como um grande todo, não apenas ao governo do Distrito Federal. É algo impensável ter o STF depredado, ter o Congresso Nacional depredado, como ocorreu. Vamos fechar o Brasil para balanço”, afirmou o ministro à coluna, enquanto acompanhava o noticiário de sua casa, no Rio.

“Não lembra o Capitólio porque foi muito pior do que houve no Capitólio. Lá teve resistência. E a repercussão internacional aqui é péssima. A insegurança jurídica é total para o Brasil. O que investidor estrangeiro vai pensar disso aqui? Que é uma república das bananas”, acrescentou.

O ex-ministro do STF, que votou em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno e em Jair Bolsonaro (PL) no segundo, evitou responsabilizar o ex-presidente da República pelos fatos ocorridos em Brasília.

“Os responsáveis estão no Brasil, no território nacional, considerando as forças repressivas, as Forças Armadas. Bolsonaro não tem o domínio dessas forças que estão na rua. Ele não tem culpa, está a quantos quilômetros daqui?”, questionou, em referência ao fato de o ex-presidente estar nos Estados Unidos.

Conhecido por ter opiniões contra a corrente, o ministro também apontou o dedo para o próprio Supremo, que derrubou condenações impostas pela Lava Jato contra Lula, devolvendo a possibilidade de o petista disputar as últimas eleições.

“Falhou todo mundo, e começou a falha no próprio STF, quando ressuscitaram politicamente o ex-presidente Lula, dando o dito pelo não dito, quando enterraram a Lava Jato, quando declararam a suspeição do Sergio Moro, que veio a ser resgatado politicamente pelo Estado do Paraná. O que começa errado, nós aprendemos quando garotos, não acaba bem”, frisou.

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