As ligações ocorrem uma semana após as consultas e fazem parte de uma estratégia conhecida como busca ativa — que tem o objetivo de aproximar o profissional do paciente
O estudante de medicina Lurdiano Freitas, 29 anos, viralizou nas redes sociais após compartilhar a ligação que fez a um paciente que atendeu na Unidade Básica de Saúde do bairro Caravelas, em Minas Gerais. “Seu Joaquim? Tudo ‘bão’ com o senhor? É o menino que atendeu o senhor aqui no posto. Vai vim ver nós hoje? Estamos com saudade do senhor, uai”, diz o jovem no vídeo que já alcançou quase meio milhão de visualizações no TikTok.
Além de ligar para o Seu Joaquim, que é um paciente idoso, Lurdiano também o levou de carro para buscar o resultado de um exame. “Quando decidi fazer medicina eu tinha um propósito bem definido, que era ajudar as pessoas. Minha profissão não se resume a um atendimento, mas sim sobre a alma humana tocando a outra”, disse o jovem.
As ligações ocorrem uma semana após as consultas e fazem parte de uma estratégia conhecida como busca ativa — que tem o objetivo de aproximar o profissional do paciente e observar como está a evolução do quadro de saúde. “Amamos fazer parte do apoio no processo de tratamento de cada paciente”, relata o fututo médico Lurdiano.
Veja o vídeo:
Ligações de afeto
A iniciativa do estudante mineiro deu tão certo que virou um projeto de extensão chamado Ligações de afeto. “Ligar para os pacientes uma semana após a consulta para verificar se fizeram os exames é mais do que um ato de afeto, é um compromisso com o cuidado contínuo e uma demonstração de preocupação genuína com sua saúde”, explica o jovem.
“Essa prática não apenas fortalece o vínculo entre quem está do outro lado da mesa e o paciente, mas também promove uma abordagem proativa para garantir que todos os passos necessários sejam seguidos para o bem-estar do paciente”, acrescenta o estudante de medicina.
Lurdiano, que pretende tornar-se pediatra, defende a prática de uma medicina humanizada e deseja que o projeto Ligações de afeto se espalhe por todo o país. “Mais do que remédios, nossos pacientes precisam de amor e cuidado. Se sentirem importantes e, principalmente, não se sentirem sozinhos no seu processo de tratamento. E se não voltam na consulta, a gente fica triste, faz a ligação de afeto e quando voltam é sempre uma alegria”, afirma.
SAIBA MAIS
- ENSINO SUPERIORUSP é a 16ª universidade que mais produz artigos científicos no mundo; veja ranking
- ENSINO SUPERIORUFPI entrega título de Doutora Honoris Causa à cientista Niède Guidon
- ENSINO SUPERIORProfessor de 92 anos se despede da sala de aula após 67 anos lecionando
- ENSINO SUPERIORVestibular 60mais: UnB divulga resultado dos aprovados em 1ª chamada
- ENSINO SUPERIORUnB investe R$ 500 mil para ampliar acesso de pessoas com mobilidade reduzida
- ENSINO SUPERIORServidores e presidente do Inep reclamam de sucateamento do instituto