Após diversas denúncias dando conta da falta de pagamento dos motoristas de transportes escolares na cidade de Cajazeiras, a gerente da Nona Regional de Educação, Socorro Delfino (Corrinha) esclareceu o assunto nessa quarta-feira (29), durante entrevista ao programa “Rádio Vivo”, da Rádio Alto Piranhas e disse que o atraso no pagamento dos motoristas não tem nada a ver com o Governo do Estado, nem tão pouco com a Secretaria Estadual de Educação, pois, segundo ela, o repasse de verba está totalmente em dias.
Corrinha esclareceu que o Governo do Estado repassa quatro parcelas anualmente para que o município faça o pagamento da parte conveniada ao Estado e afirmou que dessas quatro parcelas anuais, duas já estão na conta da Prefeitura Municipal de Cajazeiras.
A gerente Corrinha fez um apelo à secretária de Educação do município, professora Carminha e ao prefeito da cidade, Carlos Rafael (PTB) para que regularizem o pagamento dos transportes, caso contrário, ela avisou que entrará com outras medidas. “Nossos alunos não podem ficar prejudicados”, disse ela.
Outro lado
A secretária de Educação do município de Cajazeiras, Maria do Carmo (Carminha) também falou sobre o atraso do pagamento do transporte escolar. Carminha confirmou o recebimento das duas parcelas do Estado, entretanto, afirmou que o repasse não é suficiente para realizar o pagamento.
De acordo com Carminha, a Secretaria de Educação aguarda receber novos recursos, inclusive do Governo Federal para poder realizar o pagamento dos motoristas. “Esse dinheiro deveria ter chegado na última sexta-feira, mas assim que vier realizamos o pagamento, pois a folha já está pronta”, afirmou.
Carminha admitiu que o salário dos motoristas de transportes escolares da rede municipal está realmente atrasado e alegou que isso está acontecendo devido à implantação do Piso Salarial dos Professores. “O repasse do Fundeb não está dando para pagar nem os professores, depois do Piso”, disse ela.
De acordo com a secretária, o aumento no salário do professor de Cajazeiras está acima do que a arrecadação pode cumprir e isso está desestabilizando todo o pagamento da Educação.
DIARIO DO SERTÃO