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Apenas no Maranhão, as prefeituras receberam, aproximadamente, R$ 7 bilhões. Desse valor, R$ 1,4 bilhão seria destinado ao pagamento dos honorários dos três escritórios de advocacia contratados. “São gravíssimas as irregularidades tratadas neste processo

Por Jocivan Pinheiro

24/08/2017 às 15h50 • atualizado em 24/08/2017 às 15h54

 

A declaração do padre Francivaldo Albuquerque a respeito de um suposto mercado negro de armas em Cajazeiras, que ele chamou de ‘locadoras’ e que a polícia teria conhecimento disso, repercutiu em todo o Estado e gerou polêmica. Mas as reações não assustaram o padre, que manteve a denúncia levantada e espera que com ela as autoridades policiais se mobilizem mais.

A declaração aconteceu durante o “Debate Cajazeiras” da TV Diário do Sertão, no domingo (20), quando o sacerdote disse que menores de idade estariam alugando armas de fogo para praticarem assaltos e roubarem celulares em Cajazeiras. O pagamento do aluguel, segundo ele, seria feito com o ‘apurado’ dos roubos e assaltos; na maioria das vezes com os próprios celulares.

“Todo dia um menor vai lá, aluga um revólver, aí tem que roubar três celulares para dar um para a locadora e dois ficarem com eles. Todo mundo sabe disso. A polícia sabe”, disse o sacerdote.

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Padre Francivaldo

Já nesta quinta-feira (24), em conversa com nossa reportagem, padre Francivaldo justificou que está apenas cumprindo com sua missão de ajudar a sociedade denunciando seus problemas e alertando as autoridades, e que a existência dessas tais ‘locadoras de armas’ já havia sido revelada por ele há anos.

“Minha missão é denunciar aquilo que eu não concordo, e isso não é a primeira vez que eu faço, nem foi esse o primeiro assunto que repercutiu na Paraíba. O que eu falo é na esperança de que encontrem solução para esses desafios que são lançados; esperança de que a sociedade esteja melhor, tenha justiça, segurança e, acima de tudo, tenha paz”, declarou.

O padre garantiu ainda que sua denúncia é fundamentada e não leviana: “Eu sempre falo baseado em fundamentos. Eu estou mergulhado na sociedade, não sou nenhum alienado. Eu vivo a vida da minha cidade. Estou mergulhado no porão social dessa cidade e estou inteirado e sempre preocupado, quero sempre que essa cidade viva melhor. Estou fazendo a minha parte. Mas estou fazendo sempre da forma correta, não leviana; de forma responsável e, acima de tudo, esperançosa.”

Depois, concluiu com a seguinte frase: “Grave seria se eu dissesse a procedência das armas. Ia implicar na vida de muita gente.”

DIÁRIO DO SERTÃO